O ser humano sempre gostou de trocar ideias sobre diferentes temas. Mas, às vezes, essa “troca” se torna um pouco agressiva. O que deveria ser um debate saudável e de crescimento mútuo se torna, praticamente, um campo de guerra. Contudo, os debates não precisam ser assim. Pelo contrário: segundo os preceitos da comunicação não violenta, o processo e os resultados de um debate podem ser leves, equilibrados e com muito crescimento.

COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA EXPLICADINHA 🙂

Nos anos 60, em meio a um período de segregação racial e luta contra as injustiças sociais, o norte-americano Marshall Rosenberg, educador, ensinava aos seus alunos como se comunicar de forma mais efetiva, especialmente no cenário em que viviam, de resistência e busca de direitos.

Então, ele cunhou o termo comunicação não violenta como um método de se comunicar com entrega afetiva, sinceridade, respeito e conexão com o interlocutor. Assim, você, em uma interação interpessoal, passa a compreender aquilo que sente e não deixa as emoções negativas desestruturarem a comunicação.

Muito legal, né? Sem dúvida, é uma abordagem comunicativa que deve ser estudada, aprendida e apreendida! Dessa forma, poderemos sempre manter um diálogo equilibrado, que acrescente conteúdo e crescimento em nossas vidas.

ENTÃO… COMO DEBATER COM CREDIBILIDADE, COERÊNCIA E EQUILÍBRIO

Diante do que foi falado até agora, como podemos, afinal, participar de um debate sem perder a elegância, o respeito e o vínculo afetivo com o interlocutor?

Em um contexto de uso cotidiano da língua portuguesa, eu sigo a perspectiva de evitar ao máximo a dicotomia “certo” X “errado”. Com toda a certeza isso serve também para debates! Então, continua lendo e veja minhas 7 dicas de comunicação não violenta, tanto para a vida profissional quanto para a pessoal, de como debater com propósito de crescimento e aprendizado, e não para vencer uma batalha inexistente.

1 – Não levante a voz, melhore seus argumentos.

Opinião e argumentos são conceitos diferentes! É sempre bom saber disso. Em vez de você levantar seu tom de voz, busque dados, informações, conteúdos que defendem e comprovam seu ponto de vista.

2 – Sua reação diz mais sobre você do que seus próprios argumentos.

Mesmo quando a pessoa falar algo “sem sentido”, respire e mantenha sua linha de raciocínio. A efetividade da comunicação depende disso. Controlar os sentimentos é um dos aspectos principais da comunicação não violenta.

3 – Em conversas/debates, os sentimentos às vezes nos enganam. Evite argumentar movido a frustração, decepção, ira e afins.

Já dizia o ditado: existem três regras: não prometa nada quando estiver feliz; não responda nada quando estiver irritado; não decida nada quando estiver triste. Pense nisso quando estiver em meio a um debate!

4 – Quem cala nem sempre consente.

Tente interpretar o silêncio pelo lado mais positivo (tanto o seu quanto o do outro). O silêncio pode significar muito mais do que muitas palavras. Nesse sentido, reflita sobre a “falta” de resposta.

5 – Respeito, respeito e respeito.

Sempre. Acima de tudo. Saiba ouvir, saiba compreender, saiba se expressar. Comunicação é isso, ou seja, para que seu diálogo funcione e seja harmonioso, você deve respeitar e, também, exigir respeito.

6 – A língua portuguesa é rica e permite que a gente se expresse de variadas formas. Escolha sempre a mais bonita e afetuosa delas.

Sei que sou suspeita para falar porque eu amo o português. Mas isso é fato: temos muitas palavras e muitos recursos disponíveis para usar em nosso idioma. Então, por que não usar sempre as formas mais leves e carinhosas? Comunicação não violenta também é comunicação afetuosa!

7 – Existe uma linha tênue entre debate e discussão.

Reflita sobre o que vale a pena, sem perder sua credibilidade e o vínculo carinhoso com quem você está conversando.

Realmente, não há por que discutir, né? Debater é ótimo e nos faz muito bem, já que vivemos em constante aprendizado e troca de experiências. Assim, com essas dicas, tenho certeza de que seus debates ficarão mais doces e eficazes!

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