Muitos me perguntam por que eu resolvi viver a não violência e o que exatamente isso significa. Então, optei por publicar aqui este texto, assim, você pode entender de forma rápida o que eu sinto em relação ao tema. Vale lembrar que a não violência se encaixa na oralidade, na escrita, no atendimento ao cliente, na vida pessoal e por aí vai. A não violência na comunicação em geral é o grande ponto!
Palavras agressivas carregadas com ira não surpreendem, mas ainda abalam as redes sociais. Como nós podemos lutar e vencer a batalha contra o ódio on-line gratuito e nocivo?
O que é propagado ecoa. Preenche vazios. Permanece. É constante. Por outro lado, o que viraliza, como o ódio, tem picos. Pode subir, mas vai descer – e isso consome energia. Assim, é efêmero.
“É melhor ser temido do que amado” é a ideia de Maquiavel que parece ter assumido um lugar estranho (e uma interpretação tão estranha quanto) nas redes. Dessa forma, considerando o contexto caótico das redes, eu me pergunto: por que NÃO viver a não violência? Nesse sentido, qual seria o prejuízo de buscar a vida sem agressividade?
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Não violência, respeito e redes sociais
Primeiramente, a conquista do respeito tem sido substituída por tirania. Logo, posts grosseiros, comentários e mensagens autoritários, bloqueios por razões mesquinhas e preconceito perpetuado em tentativas de camuflá-lo: afinal, por que tudo isso?
O ódio nas redes é, sem dúvida, uma expressão imediatista de uma cultura confusa, intolerante, de pessoas que não sabem lidar com suas emoções, mas também não buscam aprender.
Todo mundo enfrenta seus processos. Acima de tudo, a forma como lidamos com os nossos e com os dos outros é o que diferencia um discurso de ódio de um discurso acolhedor, um discurso agressivo de um discurso não violento.
Além disso, há esperança: é um ciclo que pode ser interrompido, mas depende de todos, inclusive de quem NÃO aprova a violência, isto é, quem combate a violência na vida pessoal e na profissional.
Algumas propostas de como quebrar esse ciclo:
- Deixar de consumir conteúdo de quem perpetua discursos violentos em conteúdos vazios;
- Não se omitir diante de um ato violento que te incomode;
- Reagir de forma não violenta quando você for se manifestar;
- Difundir nas suas redes princípios contra a agressividade;
- Ser exemplo.
Não há ensino que se compare ao exemplo.
E não há nada mais frustrante do que hipocrisia. Se lutamos contra uma causa, precisamos viver essa causa. Então, se condenamos o ódio, devemos COMBATER o ódio.
Não basta ser indiferente, evitar ou ignorar. De fato, é aquela história: o silêncio dos bons legitima a voz dos maus. Talvez não seja necessário um maniqueísmo desse, mas ele dá zoom na relevância da temática.
Por isso, eu pergunto: vamos propagar e viver essa proposta?